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domingo, 27 de dezembro de 2009

Balanços de fim de ano


O ano que está por vir será muito agitado para quem trabalha com futebol. Para mim, mais do que 2010, a década que começa será decisiva. Hora de reunir tudo o que aprendi e usar em prol do meu lugar ao sol. A Copa da África do Sul é só um começo. Já que no Brasil teremos também uma Copa e uma edição dos Jogos Olímpicos. Será a década na qual me tornarei balzaquiana, talvez me case, e opte por ser mãe.

Este finalzinho de dezembro está sendo tenso. Meu planejamento para a Copa da África do Sul está todo embananado, por causa das incertezas após o agressivo choque anafilático que sofri em abril. tinha medo de sofrer algo parecido por lá. E quem me socorreria? Quando acordei, me vi atrasada. Os prazos de pré-credenciamento estão próximos, e sou apenas eu correndo com tudo, por enquanto.

São vários projetos ao mesmo tempo. Além do evento físico, estou preparando um especial sobre os mundiais para janeiro, o aniversário do site, terminando as pesquisas para o e-book, deixei na gaveta dois documentários, entre outras tarefas. Em fevereiro as aulas recomeçam e não terei tempo de viver para mim - precisarei fechar a média do semestre até a terceira avaliação, e quase falta alguma no boletim.

A pressão é muito grande. Caí por várias vezes em 2009, e só Deus sabe como foi complicado me reerguer. Eu não sou uma princesa. Minha vida não é um mar de rosas. Tenho de provar todos os dias que gosto de futebol, que falo sobre o que entendo. Sempre tem alguém me testando, perguntando se sei o que é um impedimento [pfff!], onde o Brasil ganhou a Copa tal, ou para me embaraçar, qual é a escalação do Piripipi de Barbacena em 1957. O mundo do futebol gira sem parar e nem todos têm a proeza de arquivar mentalmente todos os fatos. É como aquela tese vestibulanda de que enquanto você respira, o japa está estudando. Pois é: enquanto eu escrevo aqui, tem jogador sendo contratado, rompendo vínculos [ou ligamentos], ex-jogador morrendo, dirigente fazendo maracutaia, empresário contando cédula... E todos os meus erros são aprendizados. Tenho 22 anos, e apesar de ser muito rígida com meus apontamentos, me dou ao direito de recomeçar de onde não acertei. O importante é ser transparente. Minha avó materna certamente está lá do céu orgulhosa porque não me tornei uma mulher corrupta para alcançar objetivos, se é que me entendem.

E no fim, sempre rola aquele friozinho na barriga, ou aquela história que vai me tirar o sono, para que eu continue com a certeza de que eu quero o futebol. Talvez não da mesma forma que a maioria dos meus colegas da crônica esportiva. Não é um mérito, mas me sinto mais flexível a novas ideias. Quero trabalhá-las. Com licença? Quiçá fechem a porta para elas. E daí? Eu pulo a janela.



Foto: Reprodução

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postado por Andréia de Moura às 12:01 PM