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sábado, 8 de agosto de 2009

Calendário do futebol globalizado

E a CBF vai apresentar ao Executivo uma proposta de mudança no calendário do futebol nacional, de modo que se adeque aos demais [ou o europeu, para falar a verdade]. A questão é polêmica, cheia de prós e contras. Vou rascunhar minha opinião básica a respeito.

A referência em questão, quer queira ou não, é o calendário europeu, no hemisfério norte. Ele para em maio/junho a fim de se curtir o verão. E nossos atletas vão desfrutar de uma geleira, a não ser que peguem o primeiro avião rumo ao Nordeste - eles podem; nós, meros mortais assalariados não, c'est la vie. Ainda tem a questão de onde encaixarmos os Estaduais. E como não deixar ninguém exausto por disputa de Libertadores, por exemplo, cujas finais são em junho e julho.

Fora isso, vislumbra-se mais dinheiro no cofre dos clubes justamente porque a janela de transferência fica equiparada e menos agressiva. Afinal, docinho, faz toda a diferença ter um time desfalcado em começo de temporada que se possa repor, do que perder peças-chave às vésperas da virada para o segundo turno [sentiu o drama, leitor corinthiano?], esburacando o esquema tático, desentrosando a equipe e derrubando todo trabalho feito até então.

Sem contar que finalmente o Brasil poderá sediar amistosos de pré-temporada com grandes clubes do Velho Mundo, ganhar em novos direitos de transmissão. E nossas equipes também poderão excursionar. Finalmente Eto'o e Obina poderão se confrontar sem chegar à Copa ou Mundial Interclubes. E o Fluminense poderá tirar a limpo essa história de "gol do Barcelona". Imagine! Vislumbre!

Porque a torcida quer revanche:



Resumindo, creio que a alteração será assaz interessante. No entanto, com as devidas adaptações ao nosso clima. Como brasileiros que somos, será complicado se acostumar com o título da temporada ano-tal-barra-ano-seguinte. Entretanto a responsabilidade de não cometer erros nesta operação é de exclusividade dos dirigentes e entusiastas políticos - apesar que este últimos deveriam pensar em outras coisas como a saúde, a educação, transporte, o sistema carcerário...



Foto: Reprodução

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postado por Andréia de Moura às 12:21 AM