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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Saindo à francesa


A edição deste mês da revista Offline – de circulação na porta de universidades da região metropolitana de São Paulo – traz uma entrevista com o Ministro dos Esportes, Orlando Silva, que falou sobre esporte estudantil. Entre as perguntas, está a do por que não haver sido criada até agora uma liga nacional universitária. O senhor ministro “perdeu o pênalti”, jogando a responsabilidade para os estudantes, gestores, atletas, entre outros envolvidos, e se posicionando cheio de limites: “Considero necessário fortalecer o esporte universitário brasileiro e suas formas de organização”.

Tá! Mas e aí? Considerar necessário, eu também considero. Estudei em uma instituição cuja reitora não abonava falta de alunos que viajavam com o time. Era ridículo! Até eu quis tentar uma bolsa como jogadora de futebol – fora do país, porque aqui no Brasil o apoio é mínimo. Nem vem que o Bolsa Atleta é quase nada. Depois, nós somos obrigados a ouvir universidades, como a de Auburn [EUA], a se gabarem porque mais um de seus alunos da atlética conseguiu ouro nos Jogos Olímpicos, tal foi o caso do nadador brasileiro César Cielo.

E claro: o Programa Segundo Tempo foi implantado nas escolas de ensinos médio e fundamental. Agora, pretendem incluí-lo no superior. Até hoje não vi nada dessa engrenagem inicial. A Secretaria Nacional do Esporte Estudantil, em conjunto com o Ministério, pretende colocar em ação estratégias que catapultem o esporte universitário. E o caso da Unisul? Se essas ações existem, devem rapidamente ser colocadas em prática.

O estudante brasileiro cansou de esperar por uma posição por parte dos políticos. É só engravatado se esquivando, tiro saindo pela culatra, sacando o alvo da reta... As coisas só acontecem para valer quando há um interesse por baixo, como é o caso do projeto Torcida Legal que obviamente visa a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 – docinho para quem adivinhou. Torço para que as leis do pacote entrem em vigor, todavia, consciente de que há um propósito futuro – de acordo com a coluna De Prima, do tabloide Lance!,de São Paulo, a lei não sairá antes de setembro.

A galera da Offline está de parabéns. As perguntas são realmente boas. Pena que todos nós tomamos mais um olé de alguém “que está no comando”. Alguém que até esteve na liderança da UNE [União Nacional dos Estudantes], na década de 90. Patético!

Leia na íntegra AQUI.

Foto: Reprodução/ AE

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postado por Andréia de Moura às 5:40 PM