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Se por acaso eu tivesse entrado em algum tipo de aposta sobre quem seriam os semifinalistas da Copa do Brasil 2009, hoje estaria contando minhas verdinhas. Justamente por ter cantado a bola em off [porque minha profissão não é ser palpiteira] que os jogos da fase seguinte da competição seriam entre Coritiba x Inter, e Vasco x Corinthians.
Visto que o Coxa jamais deixaria tomar um tombo o segundo tombo no ano de seu centenário, jogando em casa, após um empate com gols no Moisés Lucarelli. Quer coisa mais fácil? Porque embora o Flamengo tenha um time hábil para as competições que disputa, nada supera o fato de que salários atrasados foram pagos recentemente, ou o desentendimento do lateral Juan com o técnico Cuca. Daí, a gente começa a somar que o Inter possui um elenco titular que pode ser misturado aos reservas, mesmo assim dando liga a lances essenciais. É como você comparar duas crianças consideradas as melhores na sala de aula: a que possui melhor contexto social, pelo menos na véspera da prova, se sairá melhor.
Embora o Barradão seja uma fervura só, o Vasco poderia se segurar de maneira mais tranquila diante a torcida do Vitória. Até porque, não é todo dia que se devolve um placar de 4 a 0 na pressão. Os cruzmaltinos tomaram um susto, mas fizeram o atacante Neto Baiano queimar a língua: só fez um dos três gols que prometera sobre os comandados por Dorival Júnior.
O mais difícil foi justamente o confronto entre o Fluminense e o Corinthians. Imagine um duelo entre Fred e Ronaldo? Ou entre Thiago Neves e Dentinho? Bafão total! Essa defronta foi meu parafuso teimoso justamente por tentar comparar as equipes, as possibilidades, e mesmo tendo a vantagem de um empate sem gols em casa, a ideia da classificação alvinegra não me era certa. E o Coringão foi firme, embora tenha murchado no segundo tempo, com laser sem noção e tudo, cravando as garras na vaga que parecia escorregadia.
Todavia, futebol é assim mesmo: as minhas certezas nos placares poderiam descer as cataratas abaixo. Conhecer as equipes, entender o contexto dos jogos de ida e volta, entre outros detalhes, pode se tornar uma piada quando se é jogado na raça e pronto. Aquela magia do futebol que até hoje ninguém sabe explicar. Aqueles placares que te deixam com cara de gato na bacia d’água.
Mas eu deveria ter apostado...
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postado por Andréia de Moura às 6:39 PM