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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Intuição feminina ou know-how de boleiragem?



Se por acaso eu tivesse entrado em algum tipo de aposta sobre quem seriam os semifinalistas da Copa do Brasil 2009, hoje estaria contando minhas verdinhas. Justamente por ter cantado a bola em off [porque minha profissão não é ser palpiteira] que os jogos da fase seguinte da competição seriam entre Coritiba x Inter, e Vasco x Corinthians.

Visto que o Coxa jamais deixaria tomar um tombo o segundo tombo no ano de seu centenário, jogando em casa, após um empate com gols no Moisés Lucarelli. Quer coisa mais fácil? Porque embora o Flamengo tenha um time hábil para as competições que disputa, nada supera o fato de que salários atrasados foram pagos recentemente, ou o desentendimento do lateral Juan com o técnico Cuca. Daí, a gente começa a somar que o Inter possui um elenco titular que pode ser misturado aos reservas, mesmo assim dando liga a lances essenciais. É como você comparar duas crianças consideradas as melhores na sala de aula: a que possui melhor contexto social, pelo menos na véspera da prova, se sairá melhor.

Embora o Barradão seja uma fervura só, o Vasco poderia se segurar de maneira mais tranquila diante a torcida do Vitória. Até porque, não é todo dia que se devolve um placar de 4 a 0 na pressão. Os cruzmaltinos tomaram um susto, mas fizeram o atacante Neto Baiano queimar a língua: só fez um dos três gols que prometera sobre os comandados por Dorival Júnior.

O mais difícil foi justamente o confronto entre o Fluminense e o Corinthians. Imagine um duelo entre Fred e Ronaldo? Ou entre Thiago Neves e Dentinho? Bafão total! Essa defronta foi meu parafuso teimoso justamente por tentar comparar as equipes, as possibilidades, e mesmo tendo a vantagem de um empate sem gols em casa, a ideia da classificação alvinegra não me era certa. E o Coringão foi firme, embora tenha murchado no segundo tempo, com laser sem noção e tudo, cravando as garras na vaga que parecia escorregadia.

Todavia, futebol é assim mesmo: as minhas certezas nos placares poderiam descer as cataratas abaixo. Conhecer as equipes, entender o contexto dos jogos de ida e volta, entre outros detalhes, pode se tornar uma piada quando se é jogado na raça e pronto. Aquela magia do futebol que até hoje ninguém sabe explicar. Aqueles placares que te deixam com cara de gato na bacia d’água.

Mas eu deveria ter apostado...

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postado por Andréia de Moura às 6:39 PM