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sábado, 4 de abril de 2009

A vida é um sopro



Era apenas um tratamento. Procedimento simples. Em duas horas, estaria em casa. Avisei na faculdade, que não poderia participar do café da manhã com a classe, nem da apresentação de logomarca de quinta-feira. Até eu perceber a fragilidade da vida.

Saí do consultório, um pouco enjoada. Até aí, meus problemas gástricos não são novidade desde o primeiro semestre de aulas na universidade. Mas, meu rosto coçava e parecia esquentar cada vez mais. Pedi ajuda à recepcionista, que enquanto foi chamar socorro, olhei-me no espelhinho enxergando um rosto inchado, avermelhado e totalmente diferente de tudo pelo qual já havia passado.

Se não fosse a equipe do instituto onde me tratei correr comigo para o pronto-socorro, talvez não estivesse aqui para contar a história. Tive uma forte reação alérgica, talvez ao anestésico utilizado – só me toquei, após recordar de umas estranhas “picadas de pernilongos” quando usava do mesmo procedimento há tempos atrás, até então, nada grave.

Foram três dias internada, cheia de incertezas. Alguns médicos diziam que se eu levasse alta equivocadamente, poderia sofrer a parada respiratória que não tivera antes. Outros diziam que meu rosto não melhorara. Eu tentava engolir o choro, pois este agravaria o inchaço.

Agulhadas, soros e dietas hospitalares depois, estou eu aqui. Agora, vou ter de fazer um plano de saúde. Não dá para esperar seis meses para fazer os testes alérgicos em rede pública. Nem sei como vou pagar – talvez arrume um estágio em rádio ainda nos próximos meses. A vida é sensível, o bem mais precioso que Deus me deu. O meu Deus é maravilhoso, e o agradeço por mais uma oportunidade de respirar. Porque Ele vigia por quem faz e deseja o bem.

Bola para frente!
Andréia

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postado por Andréia de Moura às 5:41 PM