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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Alto lá, companheiro!


Eu adoraria ter abordado este assunto anteriormente, mas, infelizmente, em dia de clássicos paulistas, como uma coincidência louca, fico sem internet por aproximadamente 48 horas.

Enfim, domingo, o fato apenas se concretizou, afinal, a polêmica já estava pronta desde antes. Quando as diretorias de São Paulo e Corinthians começaram a se atacar – e continuam após o caos no estádio do Morumbi – por picuinhas bestas e que jamais deveriam ser levadas tão à sério.

Como eu já falei por aqui, foram disponibilizados cerca de 6.800 ingressos para o Corinthians, time visitante, enquanto os demais lugares do estádio foram exclusivos aos torcedores do São Paulo. É lei? Ok, mas quase ninguém seguia isto à risca, que só veio à tona por um troco imaturo. Dos 6.800 [cadê minha calculadora, Jesus?], cerca de 60% foram destinados diretamente para as torcidas organizadas – já falei que não tenho nada contra -, enquanto o torcedor não-afiliado ficou com ou cerca de 40%, e justamente os mais caros. Resumo da ópera: foi um clássico de uma torcida, praticamente.

Aí, deu no que deu: gente revoltada com a injustiça [?], e louca para dar uma sapatada na PM, e nos rivais. Porque a confusão com dezenas de feridos se deve ao clima gerado por quem deveria ter autoridade e classe para representar seus clubes. E se de 6 mil, 50 já saíram de casa com más intenções, os outros não devem pagar por isso.

E o que mais me revolta, é que as autoridades diplomadas e “diplomáticas” ao invés de procurarem uma solução cabível e justa, preferem seguir modelos nada interessantes, tais quais o de diminuir a porcentagem de torcedores visitantes. Querem seguir a Inglaterra e a Espanha, afinal, estamos mais para Turquia - você já viu os quebra-paus básicos em dia de Fenerbahçe x Galatasaray?



Não é a redução de torcidas que vai diminuir esse quadro violento. Eles [seja lá quem eles forem] só atacam, pois sabem que não serão fichados. Enquanto não houver uma punição exemplar para os pseudo-torcedores que se enfiam no meio de famílias e pessoas de bem que nada mais querem do que somente torcer por seu time de coração, não adianta abater isso ou aquilo. Podem zerar bilheteria para visitante, que vai ter bandido camuflado entre os mandantes, ou do lado de fora esperando para o “pega pra capar”. Não há cadeia, não há afastamento, ou sequer identificação para as mesmas personagens de toda essa barbárie cujo vencedor é sempre o vilão.

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postado por Andréia de Moura às 7:59 PM