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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

E o cavalheirismo está virando coisa do passado


Ser um cavalheiro é algo tão raro hoje em dia. Ou o “gentleman” em questão é uma pessoa de mais idade, ou com educação à risca, pela mãe – os que entendem sobre educação, cidadania, bem-estar. Fora isso, os homens são educados apenas quando querem te traçar sair com a moça em questão depois que conseguiram, jogam-na fora.

E aí, o leitor se pergunta “E por que essa lenga-lenga em plena segunda-feira?”. Pois, se trata de algo muito simples: Segurar bolsas de “senhouras” e mademoiselles nos transportes públicos.

Hoje, cheguei à estação de metrô no horário certinho, mas por causa da porcaria daquela chuva, os trens atrasaram, e eu tive de ir em pé. Até aí, tudo bem. Apesar da frustração por não poder estudar para a prova, por falta de espaço, eu superei a desagradável surpresa. Porém, eu levo duas bolsas, uma grande e outra um pouco menor, pois meu material não cabe por inteiro em uma só, e não gosto de carregar fichários na mão – chove, estraga, desmonta, e tudo aquilo que você já deve ter passado na escola. Portanto, acreditei que das oito pessoas sentadas à minha frente – seis delas eram homens [?] – pelo menos uma delas se ofereceria para levar no colo uma de minhas bolsas. Ledo engano! Não que alguém tenha obrigação de carregar bolsas, mochilas e bugigangas dos outros, muito menos as minhas. Então, um nerd [falo mesmooo] boboca se oferece... para acolher a bolsinha [inha-inha] da garota ao meu lado. Detalhe: a cidadã usava uma roupa justíssima e faz parte do time daquelas que usam cor de rosa como se fosse o pretinho básico. JURO! Traduzindo: o nerd queria sair da seca, com aquele "porta-moedas", se achando o pegador e salvador dos "frascos de comprimidos", e eu quase fiquei com os braços tão musculosos quanto os da Madonna, por carregar minha bagagem básica sozinha.


Muitos anos de metrô lotado e mil sacolas para carregar


Nem vou me estender, dizendo que a pressão caiu, ou que quando vi o primeiro banco, pulei, passando por cima do nerd, porque já estava quase desmaiando [como já aconteceu três vezes neste ano]. O que posso dizer é que com uns bocós desses, eu nem me daria o trabalho de ser delicada para dar um fora – não que eu seja a mulher mais desejável do mundo, mas pelo simples fato de ter nascido com o sexo feminino. Longe de mim, exigir algo de alguém que não me conhece, entretanto, ensino é o que falta para muita gente. Eu, sempre que posso – leia-se, sem zilhões de coisas no colo – me ofereço para ajudar. Faço com a maior alegria, sejam homens ou mulheres. Às vezes, até a bolsa pequena, que pode “conter chumbo”. É legal, faz bem, e as pessoas deixam de ser umbiguistas.

Ah, claro! E para quem interessar, além de descartar homens aquarianos, também realmente dispenso os rudes. Fica a dica!

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postado por Andréia de Moura às 3:24 PM