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quinta-feira, 17 de julho de 2008

Dois raios caem no mesmo lugar

Soube nesta manhã, logo ao acordar, que dois supostos funcionários mandados pela Secretaria da Saúde, na última segunda-feira, para vistoriar as caixas d’água da vizinhança, na verdade eram bandidos perigosíssimos. Sorte que meu pai estava na rua, e ao perceber a presença dos elementos, disse que não os deixaria entrar [na cara de pau mesmo, ao desconfiar dos uniformes de ambos], pois as caixas estavam perfeitamente fechadas e não haveria como serem focos de dengue – o que eu insisti em dizer a eles. Pois, foram embora, e poucos minutos depois, já estavam atrás das grades.

Resumo da ópera: eu, que já estava prendendo os cães, para a tal vistoria, hoje poderia estar morta, e enterrada. Talvez, no mesmo cemitério em que está minha saudosa avó. E, eu quiçá me transformasse em uma nova Isabela Nardoni: a jovem e bela [?] vestibulanda de Jornalismo, filha única, que perdeu sua vida em um ato covarde de dois sem-vergonhas. Então, todo mundo daria um depoimento para o jornal do Datena, dizendo que eu era uma moça conservadora, ou que eu manjava de futebol, ou que meu sonho era ir à Copa, depois de formada. Minhas amigas contariam sobre meus amores secretos [que só poderiam ser revelados postumamente, senão não vale!], enquanto minhas melhores fotos seriam mostradas na matéria. “Ela só queria voltar a estudar!!!”, ou “Pena, que ela nunca poderá dar a vida que pretendia aos pais e ao avô”, diriam. Meus parentes que se casaram e não me convidaram, ficariam com remorso eterno, assim como a Doutora Labibi e todos os que fecharam portas no meu nariz. São Paulo poderia ter se transformado em outro carnaval fora de época, com pessoas na porta da delegacia, vestidos com camisas do Corinthians, Chelsea, Barcelona, Benfica – todas com o número 11, porque era meu favorito. Meu site teria um número acessos que nunca tivera antes e eu seria considerada um talento precoce que se foi brutalmente. Ainda bem que isto não aconteceu!

Tudo porque, sabe-se lá como, dois bandidos vestiam uniformes de um órgão público. Coletes velhos, porém, do ângulo que os avistei, parecia em perfeito estado. Vão me chamar de burra, abestada, kinder ovo [ruiva por fora, e loira por dentro], mimimi, no entanto, que atire a primeira pedra quem não agiria como um cidadão de boa fé, que ao perceber que eram otoridadi, não obedeceria ao procedimento. Enquanto isso, um “mensaleiro” está preocupado com uma lei ridícula que vai tirar toda a liberdade do internauta de bem.

O interessante é que, a mesma coisa aconteceu comigo há uns cinco anos atrás. Não lembro se cheguei a postar o fato por aqui. Recorda-se daquele maníaco que se fingia da companhia de energia elétrica ou de água? Ele entrava na casa das vítimas, e ao notar, que eram mulheres sozinhas, pedia um copo de água, e na distração do alvo, ele as rendia, abusava sexualmente e ainda as enforcava. Pois esse capeta passou por aqui, e só não me atacou porque meu avô, que estava a varrer o quintal, surgiu entre eu e o indivíduo, dizendo que já havia recebido a conta do mês, e minha mãe, da cozinha, saiu na sacada. Dias depois, ouvi que ele também só não entrou na casa da minha madrinha, pois alguém estava junto com ela. Teríamos sido mais duas nas estatísticas.

Devaneios à parte, Deus me deu uma nova oportunidade. Sabe o que é isso? Você saber que ganhou outra chance do Pai. Não tenho idéia de qual seja minha real missão na Terra, mas que eu consiga realizá-la. Graças a Ele, estou aqui, escrevendo para você, hoje.

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postado por Andréia de Moura às 10:35 AM