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segunda-feira, 21 de julho de 2008

Cada um sabe onde seu próprio calo aperta

Odeio colocar a colher no barraco de quem não é atleta, dirigente, etc. Todavia, como mulher, não deixei de ficar indignada com a resposta de baixo calão emitida pelo ex-comentarista esportivo, e atual comentarista amargurado diagnosticado com mágoa de cabocla aguda, Jorge Kajuru.
Tudo começou, porque Kajuru, que nem mais da crônica esportiva faz parte, declarou em seu livro [que não encontro em banca de jornal alguma] que Renata não entendia de futebol e que estudo de tática não existe. Renata, como uma lady, foi respondê-lo apenas ao participar do quadro “Para Quem Você Tira o Chapéu?”, do programa Raul Gil – não tirou o chapéu, também não o ultrajou, e não sei de mais nada, pois não assisti ao programa.

Então, Kajuru, no alto de sua “classe” e falta de travas na língua, rebateu assim:




Bom, a Renata pode até ter toda a etiqueta de uma Miss, mas eu não tenho e me vejo obrigada a colocar os seguintes pontos em juízo:

1. Estudo de tática não existe? E o que os técnicos e suas comissões fazem? E o que é aquele tabuleirinho em forma de campo de futebol, com onze ímãs de uma cor e onze de outra? E o que é a explicação teórica e prática dos sistemas táticos? Leitura, observação, um pouco de decoreba e entendimento são o quê? Aprende-se a entender estudando, e porque uns podem e a Renata não? Porque ela é mulher? Porque é bonita? Tive os mesmo professores que Renata na faculdade, e ela era o maior exemplo de jornalista especializado, que assistia a vários jogos e não se importava em ficar abatida com a agenda apertada envolvendo trabalho e estudos SÉRIOS! Há quem ingresse na faculdade para obter diploma, e esse não é o caso da Renata.


2. Quer criticar o aspecto profissional? Tudo bem. Fique à vontade, porque qualquer trabalhador dá a cara à tapa para a opinião geral. Agora, é perder o freio do automóvel, apelar para coisas que nunca deveriam ser ditas, de baixo calão e que não condizem com o seu, então motivo de criticá-la. Não para uma mulher inteligente e que nunca quis ser símbolo sexual. No entanto, mudar os rumos se é normal quando não se tem argumentos sustentáveis, porém, quem possui telhado de vidro precisa ficar atento. Fica a dica: Ela tem rabão e você não. Grande coisa! Ela tem inteligência, soube ter sucesso, e você não! Ela tem cara de traveco? E você, que revelou em uma entrevista que fez troca-troca?

Já concordei com Jorge Kajuru em vários pontos de vista. Entretanto, este foi o mais absurdo, feito por alguém que puxa saco dos amigos e que não aprendeu a ter respeito por mulheres.

E por ele?



- Você é homem?
- Não! Sou jornalista!

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postado por Andréia de Moura às 1:36 PM