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quarta-feira, 21 de maio de 2008

Manchester campeão – um jogo proibido para cardiopatas



Antes de mais nada, todos nós somos cardíacos, pois possuímos coração. Quem possui problemas neste órgão tão essencial para a vida animal, num geral, são os cardiopatas. E esses, se fossem consultar seus médicos, estariam absolutamente vetados para assistir à eletrizante final da Liga dos Campeões.

Num começo desanimador para os Blues e com um Manchester United cavando oportunidades pelo corredor formado à esquerda das traves de Petr Cech, tudo se equivaleu ao final do primeiro tempo, quando o gol do volante Frank Lampard apagou o do gajo Cristiano Ronaldo.

Se nossos colegas, da Terra da Rainha, que viajaram até Moscou [ou Moscovo, como queiram], o fizeram cheios de expectativas, não se decepcionaram. Um segundo tempo mais azul, que não conseguiu virar o placar a seu favor.

Enquanto, os torcedores Red Devils vaiavam, os Blues entoavam cânticos, afirmando que “de Stamford Bridge ao Wembley, manteriam a bandeira azul hasteada firmemente”. Tevez provocou, Ballack e Drogba se deixaram levar pelo nervosismo – o último, que já não vinha tendo uma grande performance, foi expulso.

A prorrogação chegou ao fim, levando todos os exaustos jogadores aos tão temidos pênaltis. O mocinho virou vilão, e o herói artilheiro Cristiano Ronaldo, errou um passe imprescindível. A taça já se sentia aos dedos do capitão John Terry, porém, este a deixou escorregar, e fugir pelo lado esquerdo das redes do goleiro Van der Sar. Tudo regressou ao nada, e o dono da camisa 7, que já foi de Cantona, Beckham, Best, e Robson, pôde respirar aliviado, não contendo as lágrimas, quando o inseguro Anelka “presenteou” todos os adeptos do time de Old Trafford com a taça continental. E a novela se repete: o prodígio está à frente de todos os outros candidatos aos prêmios Bola de Ouro e Fifa Gala Player.

Manchester estará no Japão, em dezembro, no Mundial Interclubes. Seu potencial rival, poderá ser peneirado ainda hoje, na rodada de volta das quartas-de-final da Libertadores da América.

E o Chelsea? Será que Avram Grant já está de aviso prévio? E quem chegaria? Felipão? Mancini? Rijkaard? Aguardem os capítulos da interminável novela do futebol.

Congratulações sinceras aos Red Devils, de uma blue supporter que sabe reconhecer um bom trabalho, que vem de tempos, com confiança plantada e cumplicidade clara para quem quiser ver. E aos boys de Stamford Bridge, se pudesse, um grande abraço, pois ter chegado aonde chegou e caído em pé, se deve ao esforço dos próprios jogadores, de um rebanho que lutou até o fim.

E o espetáculo continua.



Fotos: Reprodução EFE/AFP

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postado por Andréia de Moura às 7:26 PM