Não se fala em outra coisa que não seja a crise e internação da cantora Britney Spears. Pessoas que “pegam o trem em andamento”, em sua maioria a criticam. A chamam de drogada, de vagabunda. Dizem que uma mulher em sã consciência não sairia sem calcinha para ser fotografada. Que uma mulher em sã consciência não perderia a guarda de seus filhos.

Aí está a questão. Qual sã consciência? Britney não está sob efeitos de drogas e não faz por chamar atenção da imprensa. Quem precisa de mídia quando se tem na porta de casa uns 30 paparazzi, em um dia corriqueiro?

Você não armaria um escândalo ao ver que seus bebês estão sob custódia de uma pessoa pior do que você? Seus filhos que você carregou em sua barriga, por 9 meses, sentiu contrações horrendas e ainda aturou os pontos das cesarianas que teimavam em inflamar.

Você não ficaria revoltado ao notar que agora é visto como o vilão da história?

A imprensa deveria dar uma trégua para Britney. E não falo apenas dos blogs ou tablóides sensacionalistas, de em 24 horas já ousaram publicar que “Britney teria consumido drogas eqüinas”, ou que “todo o escândalo de ontem foi feito intencionalmente para desviar o foco da gravidez de sua irmã mais nova, Jamie Lynn”.

Sinceramente, é difícil entender o porque de uma pessoa estudar 4 anos, pagar quase mil reais por mês no curso [no caso do Brasil], para se especializar em dar notícias sobre o novo Bling-Bling do rapper fulano de tal, ou o duplex da modelo/atriz, e quem sabe sobre o filho misterioso do ator não sei de onde, que pagou para a mãe pseudo-famosa se calar sobre a paternidade. Algumas coisas têm limite! Não estou condenando os fofoqueiros, porém, acredito que certas notícias furam estraçalham a barreira da privadade, que é uma película muito fina, sensível e perigosa.

Não deve ser fácil ser a Miss American Dream desde os 17 anos de idade. Crescido no clube do rato mais famoso do mundo. Ter seus romances estampados nos jornais, sua virgindade questionada, sua liberdade vigiada. Quiçá, não ter tido infância.

Britney queria ser feliz. Apenas sonhou em ser uma simples Amélia, após o mundo ter conquistado com 4 álbuns maravilhosos e turnês sold-out. Queria ser esposa e mãe. Fazer faxina, comprar um vaso novo para a sala de visitas e planejar a decoração do quarto do bebê, após a hora do jantar. Planos frustrados, porque a sede maldita de fotos polêmicas e sumos de histórias incontáveis, os dilaceraram.

Será que ela procurou por tudo isso? Você diria isso se fosse teu familiar? Ela precisa de ajuda, e não de comentários desnecessários sobre como se comporta ou quanto ainda resta em sua conta bancária.

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postado por Andréia de Moura às 12:55 PM