Vitrine
Posts
quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Brasil x Equador



Maracanã bonito, VIPs globais comendo coxinha no camarote, bandeirinhas de 1 real sacolejando durante o Hino Nacional, torcedores em paz, com perucas, réplicas das taça de campeão do mundo, famílias, cartazes, outras bugigangas, e o Brasil deu o show que prometeu – porque a torcida empurrou. Achei digno!

No primeiro tempo, o Equador lutou bastante. Não teve tantas oportunidades de finalizar, mas assustou, com algumas roubadas de bola, que todos nós sabíamos que aconteceriam. Claro que nós dominamos a situação, mas as bolas na trave, e fora dela estavam deixando 180 milhões de pessoas bem chateadas. Estava ficando complicado, e o sono começou a abater [a mim, e não aos atletas, claro!]. Faltava um estímulo, um up, um esporro, uma mexida no time.

O gol de Vagner Love nos deixou tranqüilizados, mas não era o suficiente para nos satisfazer. Era Maracanã lotado, mora? Sete anos sem algo parecido. Era Brasil em campo, contra um Equador que, apesar de raçudo, não é um grande time.

E a torcida é implacável! Ela queria gol, e cobrou com vaias cada centavo que pagou para ingressar ao espetáculo. Após o gol “coletivo” de Ronaldinho Gaúcho, e também de Kaká, os jogadores ganharam gosto pela defronta e buscaram mais. Quando Kaká marcou aos 32 min, Luis Suarez ficou sem opção e o recém-formado Equador ofensivo passou a ter alguém para conter o meio campo canarinho.

Robinho fez mágica, mostrando que firula e futebol arte na dose certa [eu disse na DOSE CERTA] ganham jogo, sim. Elano aproveitou, e nos remeteu aos velhos tempos na Vila Belmiro.

E, para fechar com chave de ouro, Kaká marcou o quinto gol “sem querer”. Foi tão despretensioso, que ele sequer percebeu o frango que causou a Viteri, não entendendo o porquê de ser abraçado por seus companheiros, e o estádio inteiro estar comemorando. Coisas que só o futebol nos proporciona.

A arbitragem raramente falhou [não marcaram pênalti equatoriano], e foi extremamente imparcial – o que não aconteceu na Colômbia. Tudo foi quase perfeito, só faltou Miss Moura para chorar horrores durante o Hino Nacional e menos estrelismo.

Volto a dizer: achei digno!

Fotos: Ricardo Nogueira/Folha Imagem/EFE/Flavio Florido/UOL

Marcadores:

postado por Andréia de Moura às 12:26 PM