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terça-feira, 4 de setembro de 2007

Quem disse que homem não chora?


O meia Hugo, do São Paulo, não se conteve durante a coletiva de hoje, e caiu no choro, quando disse estar arrependido da cusparada que deu no paranista Goiano, resultando em sua expulsão. A conduta anti-esportiva aconteceu na partida de sábado, quando o Tricolor do Morumbi goleou o do Paraná, por 6 a 0. Sem contar que o procurador-geral do STJD [aquele que está em todas] já pediu as imagens da partida para fazer a denúncia ao atleta.

"Todos me conhecem, sabem que eu sou uma pessoa muito calma. Tomei até uma bronca dos meus pais. O meu pai mesmo me disse que nós negros temos de andar sempre em linha reta, porque tudo que acontece com a gente é visto de outra maneira", disse o meio-campista já em prantos.

Pára tudo! O choro foi digno!!! Pode parecer hipocrisia, mas quando você vê fulano forçando expulsão para poder viajar, ou durante o período de gancho não está nem aí e apronta [depois, talvez falarei sobre isso], uma atitude como a de Hugo comove. É questão de berço. Dá para perceber quando o boleiro teve uma exemplar educação. O cara percebeu que fez besteira e que desfalcará sua equipe, além do que, corre o risco de pegar uma punição maior, caso o STJD assim o condene.

Sim, eu aplaudo o choro. E não me venham com essa história de bamby, porque uma coisa é o cara chorar por medo de barata, outra é chorar por algo tão decente. Em uma leva de tanto brucutu, alguém que assume que errou e demonstra que não voltará a repetir o episódio, tem de ser considerado muito macho!

Agora, senhor Hugo, enxugue suas lágrimas, acate as broncas do professor Muricy, de seu pai, seja bonzinho e jogue o que sabe, porque pelo que parece, a lição foi aprendida.

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postado por Andréia de Moura às 3:33 PM