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sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Meu Brasil Baronil

Este ano, juro que vou pegar leve. Até porque, não dá para evitar um fast food, um sonzinho gringo, ou um joguinho dos campeonatos europeus. Sou patriota, mas não uma maluca! Falo três idiomas, uso expressões gringas, assisto futebol e cinema internacional, além de achar que as celebridades e músicas de fora são muito melhores do que as nossas [exceto, os sambas de roda e enredo]. Ouço [e curto] fado, cumbia, salsa, country [o que é diferente de sertanejo, ok?] e rock sessentinha [e sou chamada de velha cafona]. Dá para respeitar seu país e curtir cultura internacional. Enfim, não é bem disso que quero dizer.

Minha maior reclamação é a de que o brasileiro não tem idéia da grandeza e da honra que teve em ter nascido aqui. Porque o erro não é o Brasil, mas os costumes negativos de um povo que só está livre há 185 anos e engatinha para um futuro incerto. Aliás, metade do Brasil sequer sabe quem descobriu o Brasil, ou quem deu o grito do Ipiranga [tipo aquela campanha da rádio Jovem Pan em que o slogan prega que educação é a semente do amanhã e o alicerce da pátria, cujos entrevistados respondem que o Brasil foi descoberto por Lula, Colombo, e não acertam uma]. O brasileiro mal sabe cantar seu próprio hino e quer criticar o Felipão, que cantou o de Portugal na Copa. Eu também canto [e me emociono com] o Hino de Portugal. E daí? Mas antes de tudo aprendi o nosso, da Independência, à Bandeira, Proclamação da República, etc. Cultura nunca foi demais para ninguém.

E tem mais: como profissional do futebol, vejo patriotinhas somente em época de Copa do Mundo e olhe lá. Todos cantam o Hino Nacional [só a primeira parte, porque é o que passa na TV], usam verde e amarelo como se fosse o novo pretinho básico, etc. Então quando a nossa seleção faz uma atuação digna de um arroto, como a do último Mundial [inclusive Sub17, 20...], todo mundo sapateia no arsenal canarinho, lava o guache do rosto e volta à rotina. Cadê o pavilhão, cara-pálida? Não estou dizendo que você precisa ser um ufanista doente, daqueles que usam broche com a bandeira estampada, porém, alguém que entenda a razão disto tudo. Entenda que somos emergentes, mas nossa economia tem muito o que crescer [mais do que a da Índia]. Temos de aprender a votar em pessoas que realmente sabemos a intenções, renovar, e não em celebridades ou colegas de bairro. Uma vez, Collor disse que brasileiro tem memória curta. Concordo! Temos de aprender a ceder o lugar no transporte para a mulher grávida, para o idoso, mesmo não sendo o lugar reservado. Aprender que crianças de 6 anos podem ir ao colo nestas conduções, quando estamos em horário de rush. Aprender que lixo é no lixo, e que se você der o bom exemplo, outras pessoas poderão segui-lo. Devemos mentalizar que os transeuntes são mais importantes do que os veículos. E devemos denunciar tudo o que estiver incorreto, porque somente assim obteremos o resultado justo, direito de todo o cidadão. Aprender que lugar de criança é na escola, e que elas necessitam de investimento educativo, além de todos os respaldos. Devemos dar a chance a quem errou e [realmente] quer se reabilitar como cidadão. Incorporar o vocabulário os simplórios – no entanto mágicos - “por favor”, “com licença”, “desculpe”,e “obrigado”.

Esses são alguns exemplos. Existem muitos conceitos a serem avaliados. Não vai arrancar pedaço de ninguém, se o brasileiro iniciar uma re-educação social. Só fará bem ao povo mais querido e hospitaleiro do mundo.

Como dizia Elle Woods: "mudemos o corte de cabelo deste país, do Brasil Levanta a voz, meu povo!" [Tá! Eu admito que readaptei a citação]

É isso aí, cambada!

E viva Dom Pedro! \ô/


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postado por Andréia de Moura às 5:40 PM