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domingo, 5 de agosto de 2007

Morre menina de 13 anos atingida por bala perdida no Rio

Roberta Pennafort
do Rio de Janeiro

A menina de 13 anos que havia sido ferida por bala perdida na tarde de sábado quando brincava na porta de casa, em Olaria, perto do Complexo do Alemão (zona norte), morreu na tarde deste domingo (5) no Hospital Getúlio Vargas. O disparo teria sido feito por traficantes do morro do Sapo, que alvejavam um conjunto habitacional da PM. A garota teve uma parada cardíaca no hospital e morreu logo depois.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2007/08/05/ult4469u8923.jhtm


Não, eu não sou de Olaria. Mas, lembro-me de quando tinha 13 anos e pulava amarelinha na calçada da minha amiga-irmã Helô, numa boa, ou fingia jogar futebol, naqueles chutes em que a bola ficava, mas o chinelo voava. Mamãe ficava preocupada, e papai da garagem de casa, observava de 15 em 15 minutos se eu não havia sido abduzida por um óvni. Eles tinham medo, e com razão. Mesmo morando em um bairro pacato [até a página 171], como o meu.

Não, eu não sou da família dessa garota, e não a conheço. Mas senti uma bifa na fuça quando li esta notícia no UOL.

Quando “na história deste país”, como diz o tio Lula-lá-aonde, poderemos ler sobre crianças que voltam a brincar na rua sem medo de ser feliz? Sobre voltar a pular amarelinha, jogar bolinha de gude, e bater uma pelada, sem a neura e virar estatística?



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postado por Andréia de Moura às 11:16 PM