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domingo, 15 de julho de 2007

Never give up, nigga!

O que é persistência para você? É perguntar e desistir após os cálculos de que não dará certo? É tentar e mudar de idéia no primeiro não? Pelo que tu vens sonhando e não tem coragem de lutar?

Quando era pequena, tinha ambições de criança. Eu queria entrar no desenho Bobby’s World, ou no Muppet Babies para trocar idéias com a Piggy. Queria cantar como a Branca de Neve, envolta de passarinhos, ou ter um sol bem majestoso, como o do cenário do programa da Mara Maravilha, que também tinha um cabelo lindo. Sonhava que meu pai tivesse um furgão vermelho igual ao do Howie G, para viajarmos para Santos.

O tempo passou, as ambições mudaram. Quero tudo ao mesmo tempo. Abraçar o mundo da maneira que vier. Tocar estrelas em um vôo projetado com minhas asas transparentes e de leves pontos brilhantes [isso tá muito gay, não?]. Tenho vontade de dizer o que penso sem medo de ser criticada, julgada, mal-interpretada. Almejo a felicidade em conquistas, mesmo sendo consideradas pequenas, como fazer um bolo em que a massa saia perfeita, aperfeiçoar alguma jogada no futebol, ou aprimorar o sotaque argentino na minha pronúncia de espanhol. Coisas, que podem parecer mínimas e escrotas para qualquer um, mas que significam o universo para mim.

Sou persistente, doente, louca. Desde a mais tenra idade. Lembro-me de quando ganhei meu primeiro cd do Hanson. Não sabia absolutamente nada em inglês, e minha professora da sexta série seriamente preocupava-se comigo, pois eu caia em prantos quando era chamada para a leitura em classe nesta disciplina. Entretanto, queria saber o que eles diziam, palavra por palavra, e sozinha, comecei a estudar os livros deste idioma, até então abandonados no porão. Em pouco tempo, convenci mamãe a me matricular em um curso, onde arrancava elogios da professora. Insisti e conquistei.

Fecharam-me portas por inúmeras vezes, no entanto, sempre consegui um jeito de curtir, pulando a janela. Estudo uma estratégia para entrar no “barato”, por mais doloroso e traumatizante tenha sido o tombo, ou o impacto contra a porta trancada.

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É, de acordo com minhas contas, só poderei voltar à faculdade no ano que vem. E quem se importa com isso? Só vão começar com críticas se meu trabalho fizer sucesso ainda neste semestre. Então as pessoas dirão “Mas, como ela pode ser jornalista, sendo que não faz faculdade?” ¬__ ¬ Btw... Pergunte à reitora de minha antiga universidade porque não mereci uma bolsa de estudos, docinho!

Graças a Deus, muitas pessoas me apoiaram quando tive de trancar minha matrícula [inclusive fiquei devendo uma resposta ao incentivo lindo da galera da Cooperfiel e à coordenadora de Jornalismo da universidade que é um doce de pessoa].

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Quanto à Wikipedia, já havia sido avisada sobre o acontecido por uma amiga. Não vou perder meu tempo com isto, entende? É lamentável que modelos/atrizes, dessas que namoram gente famosa para se promover, posam nuas ano sim, ano não, e só são notícia quando seus filhos fazem aniversário [e mostram a festa na Sônia Abrão], possam ter uma página nesta enciclopédia virtual e eu não. E, é claro: meu trabalho não depende disto, ou da opinião de um pseudo-intelectual que se baseou em uma pesquisa no Google.

:*


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postado por Andréia de Moura às 1:42 PM